Xutos & Bruce
A expectativa é patente, sente-se no ambiente vibrante, estridente e super cool, é sempre gigantesca e wild, mesmo quando os fãs e os rock shows já são deliciosamente reincidentes mas, a magia do that special timing in concert, essa, está sempre presente como stomach butterflies itching.
Um concerto brilhante, que enche a alma e balança o corpo, previsivelmente enérgico e revivalista, com muita nostalgia boa à mistura mas, sempre compostamente roqueiro, imparável e dinâmico, transcendente no tempo geracional, preenchido com a sabedoria e o profissionalismo da performance aprazível e contemplativa e recheado com aquela música intemporal e tão característica, dos nossos grandes Xutos, a que tão facilmente nos habituamos e entoamos, qual hinos da adolescência. Luz, cor, alegria, boa música, muito bom espectáculo. Nunca desilude.
Mas, a espera da noite é, naturalmente, focalizada no Boss. Nascido Bruce Frederick Joseph Springsteen, em Long Branch, New Jersey, USA, a 23 de Setembro de 1949, conhecido pelas suas lyrics irreverentes, patrióticas, humanistas, sociais e, muitas vezes, dedicadas à working class americana, com a qual se identifica, é, sem dúvida alguma, a shining star na primeira noite de Rock in Rio 2016 Lisboa, e uma brutal abertura de 30 anos de Rock in Rio celebrations que acalma até as hostes mais mirabolantes e disfuncionais, apazigua as dores e retempera a soul sister. Também ele nos trouxe resmas infinitas de revivalismo e muita nostalgia esquecida. Também ele nos brindou com verdadeiros hinos gloriosos e mística desconcertante. Também ele nos elevou aos céus, fez explodir e despoletar emoções há muito contidas e esquecer as tristezas e agruras da vida. Um concerto repleto de interacção com o público que, em êxtase, definitivamente se entregou e foi conquistado, logo ao som dos primeiros acordes, pelos encantos musicais e outros que tais do Boss. Intenso até ao fim. Fenomenalmente enchanting, o Boss no seu real best!
Parabéns, Rock in Rio! Well done, once again, Roberta Medina!