Tempos Finitos
O tempo é mensurável numa vida,
Como a razão e a emoção não são,
As virtudes subjugadas num contexto frívolo,
Fábulas utópicas que desencadeiam o início da convulsão.
Sociedade desigual,
Finita na sua esperança contida,
Condicionamentos concretizados,
Vista grossa de desdém imaculado, na viela detida.
Fechar uma caixa profana,
Quadrada e retrógrada,
Conservadorismo amador descontextualizado,
Mente falaciosa libertada que segue, paralela e desregrada.
Acabam-se as puras vontades,
Sugam-se as positivas energias,
As almas fluem num céu velado,
O inferno na terra emerge e convergem as futilidades fugidias.
Tempos finitos perseguem,
Razões que a razão desconhece,
Primórdios do temperamento ponderado acabado,
Bom senso revela temperança, numa escusa prece.
Vantagem do sonho,
O real opera os sentidos adormecidos,
O fim da estrada aparta o vício,
Volatilidades esparsas invadem o sono dos destemidos.
Crer que querer é poder,
Que o agora foi ontem,
Que o hoje é o amanhã,
Que o amanhã trará limites temporais finais, na volta da aura do completo ser.