Regresso ao Mundo dos Sonhos
Nuvens de algodão doce,
Envolviam o palácio,
Fantasia de crianças,
Boneca de trapos num prefácio.
Todos os brinquedos juntos,
A bola de cristal previa,
Rodas de fantasia anárquica,
Guloseimas e doce supremacia.
Balões e flores,
Cantares e bolos,
Vestidos de cetim,
Sapatos de laçarote e outros.
O sonho era real,
O real, imaginário,
O palco da brincadeira divinal,
Encenado pelos petizes, de forma magistral.
Inocência e alegria,
Felicidade e prazer simples,
A vida acontece leve,
No caminho floral distante, onde se esteve.
A crença no infinito,
A crença no amor,
Tudo é conquistado apaixonadamente,
Acreditando sempre na beleza das coisas, com muito fervor.
Regresso, pois então,
Jamais se partiu,
A viagem expirou triste,
Quando a mão infantil não sentiu.
Aparte-se a tristeza,
Neste mundo, só sorrisos,
Histórias mil de encantar,
Surpresas fabulásticas que fazem sonhar.
Assim, se desperta,
Desperta para a vida,
Entrelaçam-se versos perdidos,
Numa esperança fugidia.
Que a haja, é bom,
A esperança presente,
Porque fugidio é o tempo,
Quase sempre ausente.