Ondas de Frenesim
A morte abranda a história,
Ainda que por breves momentos,
O ser sonha insónia,
O ser cantarola lamentos.
O lusco-fusco acontece,
Num sinónimo de clamor,
Cintilante nostalgia ondulante,
Expectante conto de amor.
O frenesim dos sentidos,
A emoção da loucura,
O gentio que se amontoa,
A luta desigual sem diabrura.
Amanheceu na noite,
Anoiteceu no dia,
As ondas devastaram a lógica,
O encanto ousou, tudo queria.
Na vanguarda da magia,
Senda aberta sem percalço,
Caminho frenético alado,
Movimento intenso descalço.
A escuta maior,
O grito do depois,
O fogo que se acende,
A ligação dos dois.
Pranto aqui e ali,
Numa terra longínqua, numa ilha,
Ondas de frenesim louco,
Ondas de paixão perdida numa milha.
O tempo do agora,
Depois virá,
Num flamejar intenso de cor,
Numa viela escusa, tudo, finalmente, sucumbirá.