O Fenómeno Comunicacional Enviesado
O momento suscita apreensão. Mudez sensata para todos aqueles que se envolvem em rixas mediáticas. As palavras e os actos soam bem pior do que o esperado. As notícias cercam os casos evasivos. Há momentos de tensão. Imagens incertas transmitidas em directo. Os alvos escondem-se, afastam-se, fogem. A comunicação enviesada ou alternativa, segundo uma verdade produzida, remete a dúvida casual ou factual para entidades imparciais. O fenómeno é recorrente. Enviesar a comunicação, extrapolar conjugadamente os dados sob secretismo absoluto. O olhar estático, numa surpresa ensurdecedora, desperta os sentidos dos envolvidos. As histórias contadas são realidade ficcional. Ou não. Apurar a verdade dos factos torna-se o imperativo imediato. A controvérsia, a polémica, as variantes factuais são alimentadas pelo ruído destemido do mediatismo comunicacional. O julgamento é feito em praça pública e os direitos e deveres institucionalizados, numa premissa de liberdade prometida, são omitidos e olvidados propositadamente. O despropósito de todo este manancial infinito de subentendidos desentendidos e consequentes, determina um futuro inequivocamente débil e frágil. Aguarda-se o serenar dos acontecimentos e das acções, o empenho da justiça e o encerramento das causas. Espera-se a verdade. Simplesmente a verdade. O que é certo e errado? O que falseia a história sequencial? Testemunhos, recolhas, escutas, termos de identidade, apresentações semanais. A panóplia de medidas extravasa o desentendimento, mas a necessidade de compreensão realista e concreta, concisa e explicativa, é forçosamente opinativa. Assim, os meandros da intrincada teia se concretizam e condicionam as odes em guerra aberta. O que se segue? Uma incógnita. Ou não.