O Destino da Incerteza Convicta
O momento disperso,
Naquele tempo quase incerto,
Resguarda a obtusa falácia,
Tempera o sinal perfeito, agora descoberto.
Na certeza da convicção,
Na beleza do tropeção,
Na ignorância da razão,
O futuro se revela, transborda de emoção.
A lógica frugal,
Contemplada na inversão do sentido,
É sinuoso trilhar complexo,
Na verdade confusa do ciclo convexo.
O desprender alheado,
O olhar equivocado,
A incerta evidência,
Revela segredo profundo, bem guardado.
O destino é intrincado,
Uma névoa vindoura,
Uma viagem impreparada,
Um desconsolo ondulante, num caminho fechado.
A mágoa do que não se sabe,
O confuso desvio sem conhecimento,
O saber perturbado,
Aquele destinar deveras amargurado.
O que é certo, errado é,
O que é convicto, não tem convicção,
O que é destinado, é improviso,
Aquele que cede, apazigua a convulsão.
O destino da incerteza convicta,
É mote assustador,
Porque o avançar pode ser retrocesso,
E o futuro, passado de regresso.
Certo é que não se sabe,
Ao que se vai ao longe,
O que esperar de um outro espaço,
O que sonhar num qualquer mundo esparso.