O Complexo Limiar da Realidade
Na virtualização de uma razão,
O desconexo mundo implode,
Numa virologia ambicionada,
Numa contenção desregrada.
O ficcional limiar,
Que determina a conjugação,
Enraíza distúrbio,
Mobiliza desencontro dúbio.
O ser saltita,
Na realidade virtual,
Na virtualidade real,
Na desconexão audível surreal.
A complexidade da fantasia,
O sonho da imaginação,
A cor consensual da improvisação,
Despoleta arrojo numa qualquer tirada monumental feita de emoção.
Os limites são voláteis,
Numa tentativa de contenção frustrada,
De realização irrealizada,
De percurso obtuso encarnado na tortuosa figura castrada.
O conhecimento fechado,
Na complexa redoma,
Nesta teia minuciosa do não poder saber,
É fobia revelada com sentido condenado.
O que é verdadeiro e o que não é?
O que existe e o que não?
O que se é e o que se não é?
O que se pode esperar numa era sem benévola fé?
A iluminura é procurada,
No limite da versatilidade,
Na roda redundante da verdade,
No ciclo profícuo de um viver ainda diminuto na cidade.
O complexo limiar da realidade,
É a venda no olho que tudo busca,
Na mente que tudo pensa,
No coração que ainda sente aquilo que o cérebro ofusca.
O caminho mais longo,
O da realidade aumentada,
Afasta a simplicidade de um gesto verdadeiro,
Num limiar quase esgotado, feito de mentira programada.