Meninices dos Inocentes
Aprender a brincar,
Inocente descalvário,
Sonhos de infância ganhos,
Na esteira monumental da andança do promontório.
Andam à roda,
No carrossel girando,
Entoam a meninice,
Num estranho, mas doce canto.
Tudo é belo,
Tudo é simples,
Tudo é mágico,
Tudo se recria, esquecendo a provação do trágico.
As cores fantasiam,
As correrias espantam,
Energia demorada e infindável,
Num esconde esconde eterno e adorável.
Quem dera ali voltar,
À meninice dos inocentes,
Tempero exótico,
Exuberância nos feitiços dos crentes.
A vida aconchega,
Abraça com carinho,
Protege a infância,
Esconde o escuro e o medo de mansinho.
O terreiro dos avós,
O quintal dos pais,
O parque dos amigos,
E o quarto secreto das brincadeiras surreais.
Cair e levantar,
Cair, de novo, e resistir,
Choro feito pranto lavado,
Sorriso pronto retornado.
Momentos únicos,
Fases inesquecíveis,
Crescer é um desafio de solidão,
Num alvoroço de aventuras e surpresas de rebelião.