Inspirações Desinspiradas
O colosso fenomenal do paradoxo literário mundano, reverte filosofias abrasivas de resguardo secular inusitado. Verdadeiramente resfriante é o magno desgosto da madona abandonada e perdida no deserto das desilusões atemporais que mirram, qual rosa desnudada na jarra de cristal palaciano feita, apontando direcções surreais e ambíguas menosprezadas pelos factos da razão em detrimento dos murmurejares do coração, emoções que exaltam a alma e perpetuam a monumental tragédia da virgem gloriosa, esbelta e determinada, esboçada no canto superior do quadro, há muito amarelado, do artista desconhecido. Inspirações desinspiradas brotam da árvore dos sentidos azuis, porque os púrpura morreram de lilás andrógeno. Vislumbra-se, lá longe, lá lem, o corgo da vida imiscuida de prazenteiro sucesso momentâneo e de quedas abismais, sulcadas por prantos inaudíveis das hostes rebeldes e aniquiladas, que outrora comandaram o mundo virtual do paralelismo nórdico. Sucumbir a esta irrealidade real obtusa, ofusca os sentidos insensíveis. Na fantasia da história não contada ou inacabada ou não começada, eventualmente, sequer, estridentes mananciais de vultos opacos de morte, sobranceiros à estepe invernal das luzes do norte magnético, fibrilham vontades descarnadas de seres não terrenos, providos de desmazeladas convulsões titânicas abstractas e brancas. Movimentos circulares enchem a perspectiva lateral do óculo dianteiro das musas da antiguidade. O continuum infinito dos abraços inconstantes será perpétuo e não mais os estratos neurais de pensamento ilógico fugirão das frustrações biónicas que acalentam a esperança dos humanóides humanistas no mundo perfeito que quer existir mas que, não vinga, nem espraia tentáculos sustentáveis, coordenados ou resistentes. A ode à ilusão desilusória é o mote das gerações e do ciclo reencarnado da vida eterna e imortal.