E se as Matrículas nas Escolas fossem Sorteadas?
Todos os anos, no período das matrículas escolares, milhares de famílias escolhem uma escola pública para os seus filhos. E muitas procuram que, em vez de frequentar a que está mais próxima de casa, os seus filhos consigam vaga numa escola pública que, apesar da distância, eles consideram melhor ou mais adequada. Até aqui, tudo normal. Só que, no momento da concretização dessa ambição das famílias, as dificuldades aparecem. Primeiro, as escolas que são consideradas melhores têm muita procura e, inevitavelmente, são poucos os alunos a conseguir vaga. Segundo, as regras das matrículas dão privilégio aos critérios geográficos (morada de casa ou do trabalho), pelo que florescem os esquemas e truques para furar esses critérios e apresentar uma candidatura com probabilidade de sucesso. Terceiro, as famílias socialmente desfavorecidas ficam encurraladas: por um lado, moram em zonas periféricas e junto a escolas problemáticas; por outro lado, não têm meios para vencer os critérios impostos no procedimento para as matrículas, ficando impedidas de escolher uma alternativa à escola do seu bairro.
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