Despertar Visual
Assomou ao beiral da cama,
Contido na razão,
Sussurrou murmurando,
A plena devoção.
Ainda dormitava,
O despertar lento decorria,
Abrir os sentidos sonolentos,
Visualização permitia.
Primeiro, um som,
Depois, múltipla sonoridade,
Corpo e alma mexidos, finalmente,
Levantando com enérgica frontalidade.
Desenhou o espírito,
Cometeu gafes rotineiras,
Desenrolou a história,
Deleitoso nas fictícias espreguiçadeiras.
Cheiros não existem,
Só o olhar penetrante,
Observando o mundo à volta,
Numa crítica amenizada delirante.
Traços de pincel,
Traços no papel,
Pequeno-almoço colorido,
Inventado no infantil corcel.
Está acordado,
Está vivo,
Está simplesmente encantado,
Com a vista soberba sugada naquele segundo sentado.