Compreender o Desentender
A identificação das motivações,
Periclitante início conturbado,
Resvala na simbiótica simbologia,
De gerações desentendidas e repletas de frustrações.
O grito da futilidade,
Temporalidade apartada,
É sinónimo de intenção indesejada,
Convenção demente rejeitada.
A provação de um entendimento,
Na falta de conhecimento,
E na falta de paciência assenta,
Porque a indignação só acontece sem saber ou provimento.
Não desistir ainda,
Na eleição de um ensinamento maior,
Porque a transmissão da sabedoria,
É magia concreta e futuro sem nostalgia.
Compreender o incompreensível,
Desafiar a razão e o que se conhece,
Abrir os horizontes, descobrir alternativas,
Avançar soluções, resolver inimizades, testar filosofias pró-activas.
Desentender a emoção,
Num compêndio feito de limitações,
É enganar a liberdade do coração,
Intuir pesadamente sem estratégia ou convenção.
Compreender o desentender,
No conflito que se incita,
Na mudança que se anseia,
Na canalização de energia positiva para todo o saber.
O esforço despendido,
Em guerras e discussões,
Castra a dinâmica das relações,
Condiciona as lógicas e produtivas movimentações.
Depressa se compreende,
Que tudo é frágil, e ainda assim etéreo,
Que tudo passa num ápice,
Que tudo será esquecido, mesmo por quem nos entende.
Focar a mente na boa emoção,
Aceitar mesmo sem compreender,
Aceitar o tempo bom e o tempo irrequieto e difícil,
Pensar que o momento é agora, e há que empreender.