Causalidade Uniforme
Um sentir esquisito entranha na pele do estranho. O tempo parou e o ciclo sequencial do roteiro intocável da vida é contemplado. A espera termina e o ponto é picado. As causas audíveis ou sentidas são esperança vã, numa fictícia sombra de veracidade emanada da longínqua uniformização expectável. O fio da vida sobranceiro à tundra espanta o estranho. Causa e efeito. Efeito desmedido. Medição incauta. Causalidade e uniformização. Espanto, de novo, e sedução. Viragem do avesso apertado, numa conturbada imagem da realidade ficcional. O contratempo do estranho fá-lo desesperar. A causalidade uniforme da volátil vida, dispersa no desafio de se ser um conhecido, e não mais estranho, transtorna e transforma a razão existencial da fonética da relatividade conexa. O conteúdo de uma introdução discreta, com continuidade contida, define o estranho, ou não, na sua máxima vivencial. Atire-se a pedra dos céus, na terra. Sonhe-se o insonhável e inalcançável. Espere-se o improvável. Esqueça-se o inesquecível. Romantize-se o discutível amor. Toda a capacidade uniformizadora de regras e disposições, determina um caminho insondável e inesperado, curiosamente. Na verdade, deixamos escapar levemente o espírito crítico e inovador, o que se traduz numa união prematura entre razão e contenção. As causas operam fenómenos sociais díspares, mas contundentes na sua consequência mais primária. A ondulação ambígua da mente faz viajar o estranho que, entretanto, sucumbiu, renasceu e morreu de novo. Queremos apenas decifrar o conhecido. O estanque e o básico. O que traz conformidade e acomodação, descanso e paz. Finalmente.