Asas de Condor
A imensidão ofusca a visão,
Um corredor infindável abre-se no horizonte,
O mundo parece bem maior,
A natureza delicia, permitindo atravessar a ponte.
Ponte de espírito,
Desilusões não têm lugar,
O voo é fluído,
O gigante abraça os céus, deixa-se levar.
Nós também somos levados,
Porque a vida passa sincronizada,
Os sonhos levantam e enchem o azul em redor,
A figura avassaladora cruza o olhar, em todo o seu esplendor.
A viagem é contínua,
Nascer, debruçar-se sobre um abrupto precipício,
Abandonar o ninho quente,
Agarrar com coragem um novo início.
A música canta o Condor,
Essa mítica criatura alada,
A envergadura assusta o incauto,
O tenebroso medo, depois de bem o conhecer, está de abalada.
Hábitos diferentes,
Asas de divindade,
Aventuras cénicas naturais,
Cadência de batimento belo, formas esculturais.
Os Andes chamam,
O Condor escuta,
A vida passa, agora, ligeira e previsível,
Os sonhos assentam e deixam o azul cheio, inesquecível.