Aprendizes do Tempo
O tempo parou,
Para os que nele navegam,
Navegação descomprometida,
Perante intempéries que vergam.
Os aprendizes perfilam,
Anos de sabedoria apagada,
Esquecer a ancestralidade iluminada,
Vetusta esquina de aventura nua, na alvorada.
Magia e feitiço,
Segredos sem igual,
Tempestades infinitas,
Trovões e relâmpagos, num momento desigual.
Movimentos ondulados,
Manuseamento de beleza feliz,
Leitura infindável de calhamaços,
Aprendizagem incólume com verniz.
As lendas passaram,
Os mitos ficaram,
Os espaços foram rematados,
Numa classe mundana de iluminados que iluminaram.
A linha temporal escoou,
Imaginação e ficção,
Os aprendizes filtraram,
O mau olhado da escuridão.
A névoa desceu,
A mística invadiu a floresta negra,
Dissiparam-se almas penadas,
De feitiçaria feita pedra.
A classe finda,
Os ensinamentos foram esfumados,
As mentes esvoaçaram para longe,
Num infinito perdido, volúvel, repleto de prados.
Esperança gloriosa,
Emana do mais profundo de si,
Esperam-se grandes feitos e conquistas,
Do aprendiz do tempo, confesso alumni.