Acreditar
Quando acontecimentos trágicos, inacreditáveis, inconcebíveis e inexplicáveis invadem brutalmente a nossa rotina segura, como aquele que assombrou o estrelato e as vidas da Equipa de Futebol do Chapecoense, a consternação abate-se qual manto escuro velado e sofrido e duvidamos seriamente da razão da nossa própria mísera e tão verdadeiramente frágil e passageira existência. Queremos acreditar piamente que temos um propósito, uma missão nesta vida, neste mundo, que a nossa vivência tem um qualquer e determinado significado, pelo menos, para a nossa família, amigos, colegas de trabalho ou, simplesmente, para nós próprios. Tentamos encontrar esse propósito, essa missão, esse significado, ao longo da nossa caminhada pelos sinuosos e armadilhados passadiços existencialistas da tal vida traçada. Os retalhos que irão construir o puzzle, determinam as fases ultrapassadas e a manta final resultará nas nossas conquistas e nos nossos sucessos e nos nossos saberes e nos nossos conhecimentos. Tudo acontece por algum motivo, muitos dizem. O destino está traçado, outros afirmam. Se tudo estiver pré-determinado, que poder teremos nós para fazer acontecer a mudança? Para alterarmos os acontecimentos? O destino? Acreditar! Em nós, nos outros, no todo. Acreditar que tudo é possível, que a vida, um dia, depois dos lutos, irá ser retomada, ainda que cambaleando, que as feridas irão sarando devagarinho, com o passar do tempo, que algures, ainda nos esperam muitas alegrias, emoções, pensamentos e acontecimentos positivos. Acreditar na esperança! Acreditar no Bom! Acreditar no Bem! Acreditar e Agarrar a Vida! Sempre!
Dedicado a Todos Aqueles que Ainda Acreditam!