A Intemporalidade do Equilibrium Familiaris
A clausura virtual que remete muitas famílias para a introspecção in house sem que transpareçam fora das quatro paredes as imperfeições relacionais que rotinam o dia-a-dia são, efectivamente, uma realidade suportada única e exclusivamente pelos elementos do agregado. É natural que a actividade relacional intra-familiar se paute por muitas e difusas variantes incontroláveis em análise, até porque estamos a falar de pessoais emocionalmente muito diferenciadas na sua personalidade e com formas de ser e de agir muito características.
O mix genético reclama similaridades, mas, também peculiaridades e é isso que cria a manta de retalhos que constitui a sociedade cultural familiar mundial.
Assim, apontar ao horizonte familiar equilíbrio e estabilidade é uma missão em contínuo para todos os intervenientes do grupo. Todas as famílias anseiam por encontrar o seu próprio equilíbrio, o seu motor de engagement, o seu discurso sinfónico sintonizado, a sua harmonia patológica, a sua funcionalidade social, as suas regras, os seus estares, os seus viveres em consonância com as prováveis ambiguidades salutares (ou nem por isso) que criam a unicidade de cada indivíduo e que reflectem a sua alma, mas também, a sua função, a sua tarefa específica na estrutura hierarquizada do grupo, porque ainda o é, e manifestamente deve continuar a seguir alguma padronização expectável de definição muito concreta e promotora de papéis consensuais, para que as partes tornem o todo complementar, produtivo, funcional, eficaz e eficiente.
Acima de tudo, este árduo trabalho de definir, dimensionar, estratificar, hierarquizar, compactar a família, traduz-se, se o sucesso relacional e a dinâmica familiar funcionarem, na esperança daquela família especial encontrar o seu próprio caminho para a felicidade e o amor pleno entre o grupo e entre indivíduos.