A Eterna Duplicidade
Falar de amor é falar de dor.
Porque amamos e não somos amados.
Porque esperamos e ficamos desolados.
Porque acreditamos e somos enganados.
Amar é acreditar e ser feliz.
Confiar e entregar-se pleno.
Sentir e partir num impulso.
Abraçar e beijar loucamente.
Chorar, de coração partido.
Fugir desalentado.
Sonhar acordado.
Um misto de emoções e sensações.
De loucura e sanidade.
De presença e lonjura.
De olá e adeus.
De solidão e aventura.
De partida e chegada.
De ser e deixar de ser.
De vibrar e rir.
Eterna duplicidade, eterna saudade, eterna cumplicidade.