Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Esquina do Desencontro

Histórias de Desencontros Ficcionais (ou Não) na Esquina da Vida

As Empresas Não Ouvem os RH - 5 Motivos

31.05.16 | Cuca Margoux
  1. Muitas vezes as empresas não entendem a linguagem RH
  2. Diferentes motivações
  3. Os outros departamentos não conseguem perceber os benefícios diretos das ações RH
  4. Dificuldade (por parte dos RH) de assumir responsabilidade de ser “Pilar Estratégico” e influenciar
  5. Não entendem a construção de relações

por Vanessa Henriques (excerto)

Optimismo na Cartola

31.05.16 | Cuca Margoux

O mágico estava disparatadamente nervoso, olhando resguardado o público, atrás da cortina aveludada que escondia a sua esbelta, mas discreta e ausente figura. Sabia que aquele público de lunáticos extra-terrenos era difícil de entreter, uma provação portanto, e contido na extravasão das emoções mais primitivas. Alguém lhe tinha pedido um espectáculo muito especial, condicionado por requisitos limitativos intimidatórios, há cerca de três semanas. O mágico retraiu-se, por secretamente duvidar da sua capacidade ilusória para iludir aquele tal público copioso e palavreador. É que os lunáticos extra-terrenos, aqueles seres de galáxias bem distantes, têm de acreditar na magia. E só acredita na magia, quem abre o seu coração e sonha. Mirando a mirabolante plateia, de modo algum sustentava o sucesso futuro da sua apresentação. Mas, sabia, não havia volta a dar, pelo que deixou-se levar pelo ambiente exótico e acreditou que os mágicos de outrora estariam em concertação para o protegerem e incentivarem. O rufar dos tambores soou e as cortinas foram afastadas. O mágico sentiu-se sozinho. Demasiado e, estranhamente, sozinho. O seu público, aquela plateia locupletada, talvez, quem sabe, por artes mágicas, evaporara-se. Não havia viva alma para amostra. O silêncio era ensurdecedor. A salva de palmas inexistente. Os corpos invisíveis. Atónito, o mágico percorreu os quatro cantos do palco, avistou o céu imaginário, reviu o horizonte limitado, prostrou-se, enfim, desiludido, no soalho de madeira encerado do grande palco. O teletransporte dos lunáticos extra-terrenos, afinal, funciona. Tirou a sua cartola. Abandonou o estado letárgico de espanto feito e entregou-se ao surrealismo do momento. Enfiou as duas mãos na cartola e, com a sua habilidade característica, mas modesta e humilde, retirou o optimismo da cartola e deixou cair o seu manto sobre si. As energias renovaram-se, a alma encheu-se e o coração reacendeu. Haveria espectáculo. O espectáculo de magia do mágico com optimismo na cartola, sem público.

10 Dicas sobre Cultura Organizacional

30.05.16 | Cuca Margoux

1 – Trabalhar com e dentro das actuais situações culturais;

2 – Se mudar comportamentos, os mind-sets seguirão a deixa;

3 – Focar em alguns comportamentos críticos;

4 – Identificar os líderes naturais (aqueles que não ocupam posições formais de chefia);

5 – Garantir que os líderes formais passam a mensagem certa;

6 – Ligar comportamentos a objectivos de negócio;

7 – Demonstrar rapidamente os impactos;

8 – Utilizar métodos cruzados de organização;

9 – Alinhar os esforços programáticos com os comportamentos;

10 – Gerir activamente a situação cultural ao longo do tempo.

in Revista Executive Digest

O Vestido Mais Antigo do Mundo

30.05.16 | Cuca Margoux

Conhecido como Tarkhan Dress, ou Vestido Tarkhan, foi produzido entre 3482 e 3102 a.C.

Hoje sabe-se que era cinzento claro. Falta-lhe a cauda, mas a análise às suas formas faz crer que tenha pertencido a uma jovem adolescente, ou a uma mulher mais pequena.

Foi encontrado em 1913, num túmulo de Tarkhan, um cemitério da Primeira Dinastia do Antigo Egito.

in Revista Quero Saber

A Minha Escola

30.05.16 | Cuca Margoux

A mãe acordou-a docemente com um beijo ternurento, ainda era de madrugada. Não havia luz lá fora e o breu ainda cobria a noite que queria fazer-se manhã. O despontar do sol chegaria a qualquer momento, mas teimava em atrasar-se de mansinho. A mãe sussurrou ao ouvido da petiz que aquele dia se revelaria único, muito especial e de extrema importância, ainda que velada, para a vida da pequena estremunhada que só agora conseguia abrir aceitavelmente os olhos. Quando se apercebeu de que dia era, a pequena despertou qual furacão sem anúncio. Sabia que a escola esperava, enfim, por si e que crescera durante a noite, operara-se aquela mudança de idade, prontamente explicada pela mãe há algumas incontáveis semanas atrás. A minha escola, pensou. Levantou-se, vestiu-se, degustou deliciada o manjar matinal que habitualmente a mãe lhe preparava, com a não menos habitual sofreguidão, e despediu-se dela com um aceno efusivo e determinado. Para além de iniciar a sua vida académica, iniciava também a sua mobilidade escolar autonomamente, calcorreando alegremente, e sozinha, os quinhentos metros que a separavam do recinto do agrupamento. Muitas coisas iriam mudar. Muitas coisas iria aprender. Muitas novas amizades iria fazer. Estava verdadeiramente feliz. A mãe cuidava que tudo se iria compor, este ano, na escola. Contava-se que, e isto apesar da educação ser considerada um dos pilares estruturais fundamentais para a sustentabilidade, progresso, evolução e consolidação de um país, devido a politiquices não muito bem explicadas, a escola tinha perdido o seu brilho interior e anterior: havia menos professores, e qualificados, menos funcionários, menos meninos, menos qualidade de ensino e de infra-estruturas/equipamentos de apoio, alimentação nutricionalmente deficiente e desequilibrada, etc. Na realidade, a mãe da pequena não sabia muito bem o que esperar do novo ano lectivo, mas mantinha a fé e a esperança de que algo iria mudar. Para melhor. As preocupações, quer de pais, quer de alunos, com as suas escolas é perfeitamente natural. Faz parte das escolhas decisivas que se fazem na vida e, portanto, têm de ser ponderadas com calma e tempo e devidamente analisadas e interiorizadas. A rotina familiar muda drasticamente. A gestão das expectativas de crianças e adultos é, por isso, determinada pela urgência do assunto. O espírito crítico construtivo é, consequentemente, fulcral. Assim, quer-se crer que nem a mãe, nem a pequena se sentirão desiludidas quando o dia cair e a noite surgir. Tudo e todos encontrarão os seus delicados equilíbrios e o rumo certo será retomado, recuperando-se pois a senda mágica do conhecimento e da iluminura. A minha escola o faz. A minha escola, decerto, o reforçará. Em espaços bem diferentes, os pensamentos comuns fizeram sorrir ambas.

O Perfume das Flores

29.05.16 | Cuca Margoux

Naquela manhã primaveril, acordei descalça para o céu. Levantei os pés, depois, as mãos e abracei as nuvens. Calcorreei levemente o chão frio imaginário e despojei-me de negativismos histéricos. Saltei, pulei e corri desalmadamente. O jardim cheirava a terra e relva e flores. Inspirei o mundo e derreti-me com os seus odores frescos e inebriantes. O pitoresco cenário que me envolvia, fazia-me sonhar com os contrastes montanhosos da minha terra distante. Que saudades daquelas paisagens deslumbrantes, que saudades do gentio carregado de rejubilante paz e alegria, que saudades dos lagos e lagoas ofuscantes na sua beleza pura, singelos na sua encorporação. Deixei a casa sonhada para trás e fui levada pela brisa condutora das magnólias e dos crisântemos. O perfume das flores embalava-me, aliás, como há já algum tempo o fazia. Quando me mudei para esta vila, o tempo e o espaço pareceram regredir e senti-me perdida. O meu alento veio da flora exuberante e rica que crescia em meu redor. A casa foi abençoada pelos encantos mil, simplificados q.b., é certo, mas, sempre condicionadores e consequentes dos recantos cuidados pelos jardineiros da alma. Quando, finalmente, parei, depois de sentir as pedras soltas na calçada incompleta da vida, o meu coração batia acelerado. O silêncio ensurdecedor abateu-se e vi tudo escuro. Só depois de recuperado o fôlego, e ao abrir, num pestanejar automático, os olhos, voltei a experimentar os sentidos em pleno. E aquele que sobressaía em intensidade era, sem dúvida alguma, o olfacto. O perfume das flores entranhou-se nas narinas despertas e encheu-me de vida, cor, energia, arrancando todos os pesadelos fantasma que assombravam a minha humilde e prematura existência. Continuei descalça, porque sentimos mais as coisas no toque. Ergui, de novo, os pés e as mãos e, desta vez, elevei-me qual pluma ou dente de leão soprados ao vento. E parti. Da vila, do mundo. Cheguei a nenhures e fiquei-me em talvezes. Mas, nunca esqueci o perfume das flores.

Musicalidades Random Revival

28.05.16 | Cuca Margoux

Cocteau Twins - "Victorialand"

Mika - "Happy Ending"

Seal - "Secret"

3 Doors Down - "Here Without You"

Creed - "One Last Breath"

Robin Williams - "Angels"

Radiohead - "Fake Plastic Tree"

The Waterboys - "The Whole of The Moon" 

Madredeus - "O Pomar das Laranjeiras"

 

Pág. 1/7